Caminho do Ouro



Muitas pessoas não sabem, mas esse lindo caminho de pedras que corta a floresta, é a construção mais antiga da cidade, foi aberto em 1723, e marcou o início da colonização de Petrópolis. É também conhecido como atalho do Proença, pois foi aberto por Bernardo Proença como um atalho para o antigo caminho do ouro, que ligava as cidades de Minas ao porto de Paraty, como podemos ver no mapa.As fotografias a seguir são de uma pequena, mas conservada memória desse caminho, que é parte do trajeto marcado de verde no mapa, extendendo-se entre Petrópolis e Inhomirim, Magé.
Em 1698, a Coroa Portuguesa tomou a decisão de abrir um novo caminho para a região das minas, ligando-as à Baia da Guanabara. Este caminho ficou conhecido pelo nome de Caminho Novo. Até então, o único acesso partindo do Rio de Janeiro, era via Parati, num difícil e arriscado caminho.
Antes mesmo da virada do século, tiveram início os trabalhos de abertura da grande picada que viria a ser conhecida como Estrada Real. Garcia Rodrigues Paes, filho do famoso bandeirante Fernão Dias Paes, foi o encarregado da empreitada.Por volta de 1707, a obra teria sido concluída, a duras penas. Muitas críticas foram feitas a respeito do trecho da Serra do Couto, próximo à atual cidade de Petrópolis, devido à sua quase inviabilidade e falta de segurança, mesmo assim, as tropas e os viajantes continuavam a encarar o novo caminho, pois a economia no tempo de viagem era significativa. O caminho ficou conhecido também como Estrada Real ou ainda como Estrada da Corte.
Por volta de 1720, a Coroa Portuguesa determinou exclusividade do tráfego do ouro oficial e do diamante pelo Caminho Novo. Dentre as medidas tomadas, decidiu-se à construção de um atalho que substituísse o trecho inviável da Serra do Couto, cujos vestígios ainda podem ser vistos nas matas.
O projeto previa a substituição do trecho entre o rio Piabanha e a Baia da Guanabara por um caminho mais rápido e praticável. Esta variante, concluída em 1725, ficou conhecida popularmente como Caminho do Inhomirim, Caminho da Estrela ou Caminho do Proença. O nome oficial era Atalho do Caminho Novo. Esse atalho foi habilitado, então, como Caminho Geral do Ouro e tinha início no Cais dos Mineiros, hoje a Praça XV na cidade do Rio de Janeiro.
Após atingir Petrópolis, seguia margeando o rio Paraíba do Sul, passando por Itaipava, Secretário, Paraíba do Sul, Paraibuna, São Pereira, Matias Barbosa, Caetés até alcançara cidade de Juiz de fora a mais populosa da Estrada Real. Prosseguia em direção a Santos Dumont, Barbacena, Ressaquinha, depois avançava por Carandaí, Cristiani Otoni, Conselheiro Lafaiete até chegar em Ouro Branco e Ouro Preto, ponto de encontro com o Caminho Velho.
Formigueiro gigante
Inúmeras ruínas no caminho
Um impressionante exemplar de Sterculia chicha cobrindo as ruínas de uma parede de contenção da estrada
Outros belos exemplares de Sterculia chicha
Laetiporus sulphureus
Cantharellus cibarius
Filo Basidiomycota
Antigos pilares de aqueduto, porém trata-se de uma construção bem posterior, pertenceu à antiga fábrica têxtil Cometa, cujas ruínas ainda existem e estão registradas na seção Caminho do Trem, deste blog.
Riacho na Vila Inhomirim
Duração: 2 a 3 horas
Dificuldade técnica: baixa
Orientação: fácil
Distância aproximada: 6,5 km
Quando ir: O ano todo

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